Frente a Frente
Frente a Frente no NOW, Joana Mortágua acusou o primeiro-ministro de mentir e ocultar informação. Já Mário Amorim Lopes deixou as críticas de lado e defendeu que é necessário aguardar pelo desfecho da investigação.
Joana Mortágua (BE) e Mário Amorim Lopes (IL) estiveram Frente a Frente no NOW esta terça-feira e comentaram a investigação feita pela revista Sábado sobre a averiguação preventiva a Luís Montenegro. É revelado que investigadores da Polícia Judiciária consideram que só a abertura de um inquérito judicial pode dissipar todas as dúvidas sobre o caso da empresa familiar do primeiro-ministro.
"É inevitável que a abertura de um inquérito causa fragilidade política ao primeiro-ministro, não só pela abertura do inquérito em si, mas porque há um historial neste caso da Spinumviva de ocultação e mentira" por parte de Luís Montenegro, reagiu Joana Mortágua.
A bloquista continuou por referir que a empresa familiar de Montenegro tratou da reestruturação de uma gasolineira que "pertence ao pai de um candidato do PSD" e cuja nora é uma das "trabalhadoras avançadas" da empresa, por um valor "absolutamente irrisório".
"Os jornalistas têm feito um trabalho de investigação imenso sobre esta matéria. Quando Luís Montenegro disse que só respondia a quem fosse mais transparente do que ele, nós hoje sabemos que está obrigado a responder a todos os portugueses, porque falta de transparência tem sido a marca deste caso", acusou.
Já Mário Amorim Lopes deixou as críticas de lado e defendeu que é necessário aguardar pelo desfecho da investigação.
O deputado da Iniciativa Liberal afirmou que quando as pessoas são constituídas arguidas, nomeadamente primeiros-ministros, os casos "arrastam-se mesmo que estejam inocentes", o que acaba por "pesar sobre elas durante muito tempo". "Isso é inaceitável", acrescentou.
Deste modo, Mário Amorim Lopes sublinhou que, "seja que caminho for", é preciso que o desfecho da investigação seja dado o mais rapidamente possível e que a justiça "seja célebre".