Leitão Amaro diz que Governo não pode “passar cheques a nenhuma empresa em concreto” para garantir a coesão territorial
O ministro realçou a preocupação do executivo em garantir “o acesso em todo o território a comunicação social, de qualidade produzida profissionalmente e livre”, mas explicou que “este é um tema e um desafio para os atores deste mercado”.
O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, defendeu esta quinta-feira que o Governo não pode “passar cheques a nenhuma empresa em concreto” para garantir a coesão territorial.
Leitão Amaro realçou a preocupação do executivo em garantir “o acesso em todo o território a comunicação social, de qualidade produzida profissionalmente e livre”, mas explicou que “este é um tema e um desafio para os atores deste mercado”. Segundo o governante, qualquer solução pública para esta questão implica mecanismos concorrenciais.
“Não quero criar nenhum instrumento de dependência nem passar cheques a nenhuma empresa em concreto”, acrescentou.
As declarações surgiram depois de a empresa de distribuição de jornais VASP ter anunciado que vai deixar de assegurar a distribuição diária de publicações periódicas em oito distritos a partir de 2 de janeiro de 2026.
Em comunicado, a empresa explicou que "atravessa, neste momento, uma situação financeira particularmente exigente, resultante da continuada quebra das vendas de imprensa e do aumento significativo dos custos operacionais, que colocam sob forte pressão a sustentabilidade da atual cobertura de distribuição de imprensa diária".