Primeiro-ministro desvaloriza necessidade de greve geral

Nuno Gil Ferreira | 05 de Dezembro de 2025 às 19:58
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Primeiro-ministro desvaloriza necessidade de greve geral

O debate quinzenal desta sexta-feira ficou marcada não só pela greve geral, mas também algumas medidas do Orçamento do Estado.

Durante o debate quinzenal desta sexta-feira, foram muita as acusações lançadas ao executivo de Luís Montenegro. Um dos temas que marcou a sessão foi os impostos sobre os combustíveis. 

"Queria lembrar que estes cerca de 200 de milhões de euros do aumento do imposto sobre os produtos petrolíferos já permitiria baixar dois pontos percentuais no custo do IVS sobre os bens alimentares”, alertou o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro. 

O primeiro-ministro, no entanto, esclareceu 

“Não houve nenhum aumento do imposto. O que houve foi uma diminuição do desconto, que tinha um contexto que terminou”, explicou.  

Para além dos combustíveis, também a greve geral de dia 11 marcou as intervenções dos partidos. Se, por um lado, os trabalhadores estão revoltados, por outro, Luís Montenegro não vê razão para tal.  

O Livre, no entanto, não vê a questão pela mesma lente que Montenegro. 

“Foi o Governo, com este documento inoportuno e com esta atitude arrogante e incompreensível que levou à marcação desta greve”, acusou 

Perante as acusações, o primeiro-ministro não se deixou ficar. 

“A senhora deputada conseguiu acusar o Governo e acusar-me a mim de arrogância e de desconsideração e depois pede para retirar a minha proposta. É o cúmulo da arrogância”, respondeu. 

Durante todo o debate, foram muitas as questões feitas ao primeiro-ministro, algumas que acabaram por ficar sem uma resposta clara. 

Luís Montenegro apenas voltará à Assembleia no debate quinzenal no próximo ano, dia 8 de janeiro, antes da suspensão dos trabalhos no início da campanha das eleições presidenciais.