Primeiro-ministro francês demite-se
Este é o quinto primeiro-ministro da França em apenas três anos. A demissão volta assim a mergulhar a França numa crise política.
Menos de um mês depois de tomar posse, o primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, demitiu-se esta segunda-feira, justificando o pedido com a falta de condições políticas para permanecer no cargo.
Do lado da oposição, o primeiro a reagir à demissão foi o Presidente do partido de extrema-direita União Nacional, que apelou ao Presidente francês para dissolver a Assembleia Nacional.
Jordan Bbardella afirmou que não pode haver estabilidade política sem um regresso às urnas e pediu a Emmanuel Macron para convocar eleições antecipadas.
O primeiro-ministro francês tinha apresentado no domingo a composição do Governo, o qual foi alvo de muita contestação.
Da esquerda à extrema-direita, a oposição falou em “reciclagem”, “provocação” e até em “negação da democracia”.
Emmanuel Macron aceitou o pedido de demissão e enfrenta agora o desafio de formar um novo governo, num Parlamento fragmentado e perante uma opinião pública profundamente desconfiada da classe política.
França já teve cinco primeiros-ministros desde a reeleição de Macron, em maio de 2022.
Esta demissão surge momentos antes do Conselho de Ministros, que seria a primeira reunião do recente Governo e que foi cancelada.