Alargamento da UE é "sempre positivo", mas é preciso "acautelar os choques": António José Seguro

Joana Ramalho | 10 de Dezembro de 2025 às 23:45
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Guerra e Paz

No NOW, o candidato presidencial sublinhou ainda que Portugal necessita de "definir o seu futuro" sem estar "sempre à espera" de investimentos que venham de fundos europeus.

O candidato à Presidência da República António José Seguro foi o convidado do programa Guerra e Paz desta quarta-feira e afirmou que o alargamento da União Europeia é "sempre positivo", desde que "se acautelem os choques" que podem surgir.

"Recordo que quando Portugal entrou como membro da União Europeia também havia muitos países que punham em causa o facto de haver ajudas de pré-adesão e da própria adesão. Portanto, a mudança cria sempre alguma resistência", começou por dizer.

António José Seguro, de seguida, sustentou que o problema está na "concessão daquilo que é o projeto europeu" e não na adesão de países. E "se o projeto europeu é de não sermos uma fortaleza, mas sermos de facto um espaço que integra todos os povos e estados europeus, então isso naturalmente tem vantagem", acrescentou.

Contudo, o candidato a Belém continuou por sublinhar que Portugal necessita de "definir o seu futuro" sem estar "sempre à espera" de investimentos que venham de fundos europeus.

"Essa é uma matéria que diz respeito só a nós portugueses. Eu tenho sido muito critico pelo facto de Portugal não ter um designo. Quem não tem um designo não sabe para onde é que vai. E portanto, não tem caminho, não tem estratégia. Nós precisamos de ponderar seriamente a possibilidade de sermos viáveis como país, indo buscar outros níveis de investimentos que não dependam exclusivamente de fundos europeus", vincou.