Cotrim de Figueiredo alerta para uso do direito à greve como instrumentalização por parte de partidos políticos

Joana Ramalho | 13 de Novembro de 2025 às 21:18
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João Cotrim de Figueiredo

"Do lado do Governo, há vontade política de fazer determinadas coisas que não são compatíveis com as reivindicações" dos trabalhadores, acrescentou o candidato presidencial.

O candidato à presidência da República João Cotrim de Figueiredo afirmou esta quinta-feira que é importante que o direito à greve não seja instrumentalizado por partidos políticos.

Segundo o eurodeputado, a greve geral convocada pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) e pela União Geral de Trabalhadores (UGT) é motivada por "reivindicações que não foram satisfeitas".

"Do lado do Governo, há vontade política de fazer determinadas coisas que não são compatíveis com essas reivindicações", acrescentou.

Neste sentido, João Cotrim de Figueiredo esclareceu que não vai "de todo" questionar o direito à greve. Alerta apenas para a sua instrumentalização.

"Ainda agora recebi a notícia que a UGT também, depois de novas reuniões com o Governo, mantém a intenção de participar na greve geral. Agora, isso não quer dizer que, quem não chega a acordo, uma das partes tenha mais razão do que a outra", sustentou.

Recorde-se que a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) e a União Geral de Trabalhadores (UGT) marcaram para 11 de dezembro uma  contra o anteprojeto de reforma da legislação laboral do Governo. Esta vai ser a primeira paralisação a juntar as duas centrais sindicais, desde que Portugal estava sob intervenção da troika.