Lei aprovada pelo governo de António Costa livra Luís Montenegro de ser objeto de queixa-crime

| 22 de Novembro de 2025 às 12:54
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Lei do Governo

O novo diploma entrou em vigor a 1 de janeiro do ano passado e as normas são agora mais flexíveis.

Foi uma lei aprovada pelo governo do Partido Socialista que livrou o atual primeiro-ministro de uma queixa-crime no caso Spinumviva.

Luís Montenegro terá efetuado trabalhos reservados apenas a advogados e para os quais não estava habilitado. Foi no âmbito do processo aberto à Spinumviva que o Conselho Regional do Porto da Ordem dos Advogados concluiu que, de acordo com a lei anterior que estabelece o regime jurídico dos atos de advogados, podiam existir indícios do crime de procuradoria ilícita.

Mas ao abrigo da nova lei, a ordem aplicou o regime mais favorável à Spinumviva, considerando não ter havido indícios da prática do crime de procuradoria ilícita e o processo foi arquivado.

O Presidente do Conselho Regional da Ordem dos Advogados alega que se não existisse essa lei, avançava para uma participação criminal.

O novo diploma entrou em vigor a 1 de janeiro do ano passado e as normas são agora mais flexíveis.

Os juristas, profissionais licenciados em direito que não são considerados advogados, também podem exercer a atividade de consulta jurídica, trabalho que estavam impedidos de realizar segundo a lei anterior.

Montenegro fundou a Spinumviva em janeiro de 2021. O primeiro-ministro era sócio maioritário e gerente da empresa. Em junho de 2022, depois de ter sido eleito presidente do PSD, vendeu à mulher a quota na Spinumviva e cessou função com gerente.

Em março deste ano, o casal passou a empresa aos dois filhos com todo o património da sociedade, incluindo mais 300 mil euros em dinheiro.

De acordo com o Código Civil, Luís Montenegro estava impedido de vender a quota da empresa à mulher, mas o primeiro-ministro considera que o código das sociedades comerciais permite a venda.