Luís Montenegro
"Não me parece que seja uma forma madura de encarar o processo orçamental", explicou Luís Montenegro.
Após a confirmação de que o Orçamento do Estado para o próximo ano foi aprovado, com a abstenção do Partido Socialista (PS), o primeiro-ministro, Luís Montenegro, considerou que a proposta do Executivo não foi desvirtuada pelas alterações sugeridas no Parlamento.
Contudo, Luís Montenegro acusou os dois maiores partidos da oposição PS e Chega de tentarem "invadir a esfera de decisão que cabe ao poder executivo".
"Eu diria que, no cômputo geral, o orçamento não sai desvirtuado, mas do ponto de vista do funcionamento do regime político e democrático, infelizmente e lamentavelmente, os dois maiores partidos da oposição não resistiram à tentação de invadir a esfera de decisão que cabe ao poder executivo", disse o primeiro-ministro, em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, esta quinta-feira.
No final do debate e aprovação final global da proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, Luís Montenegro disse que alguns partidos e deputados "entendem gerir o processo orçamentar de forma a leiloar proposta à 'la carte'".
"Não me parece que seja uma forma madura de encarar o processo orçamental", explicou Luís Montenegro.
Ainda assim, Luís Montenegro defendeu que a aprovação do documento orçamental é um fator de confiança para o País.