Finanças das famílias em 2026 caracterizadas por corrida aos certificados de aforro

Jornal de Negócios | 23 de Dezembro de 2025 às 14:02
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Nos empréstimos à compra de casa, houve um dinamismo que não se verificava há mais de uma década.

Há mais de uma década que não havia tanto crédito em Portugal. As medidas de apoio à compra da primeira casa por parte dos jovens foram o grande impulsionador dos empréstimos à habitação.

Os dados mais recentes do Banco de Portugal, referentes a outubro, indicam que o stock de empréstimos para habitação superou os 109 mil milhões de euros, o valor mais elevado desde janeiro de 2013.

Olhando apenas para o novo financiamento, o número é ainda mais expressivo. Tanto os novos contratos de empréstimo para habitação como para o consumo estão em máximos históricos.

Foram três mil milhões de euros em outubro no total, com os jovens a liderarem.

Além da garantia pública e da isenção de impostos para pessoas com menos de 35 anos, também o alívio dos juros permitiu que mais pessoas tenham tido acesso a crédito.

Mas as mesmas taxas de referência na zona euro que ajudam quem tem crédito, têm o impacto contrário no caso das poupanças.

A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo das famílias esteve sucessivamente em queda entre janeiro de 2024 e setembro de 2025.

Neste cenário, as poupanças que as famílias têm paradas nos bancos têm vindo a aumentar, mas a um ritmo mais baixo.

No final de outubro, o stock de depósitos de particulares totalizava 197 mil milhões de euros.

Já nos certificados de aforro estão 39,7 mil milhões de euros, o valor mais elevado de sempre.