Ministério Público pede condenação de três agentes da PSP por apreenderem droga em condições ilegais

| 29 de Dezembro de 2025 às 21:35
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Agentes PSP

As alegações finais começaram esta segunda-feira, no Tribunal de São João Novo, no Porto.

O Ministério Público (MP) pede a condenação dos agentes da PSP Hugo Silva, Sérgio Pereira e Ricardo Santos, acusados dos crimes de abuso de poder, agressão, falsificação de documentos, entre outros.

Nas alegações finais do julgamento, no Tribunal de São João Novo, no Porto, o magistrado do MP referiu que os agentes, que estão em prisão preventiva, não olhavam a meios para atingir os fins. Diz também o MP que este caso cria uma “mancha reputacional na forma como o Estado se relaciona com os cidadãos” e que o comportamento dos arguidos “põe em causa o trabalho de milhares de polícias”.

Ora para a defesa de um subcomissário da PSP que também é arguido, a posição do MP já era esperada.

Já a defesa do agente Hugo Silva refere que não há provas de que os arguidos tivessem “retirado proveito económico” dos crimes. Queriam apenas obter “melhores resultados” no combate ao tráfico.

De acordo com a acusação, os três agentes arguidos, com idades entre 39 e 54 anos, terão usado estupefaciente apreendido para pagar informações a consumidores de droga e efetuar detenções de traficantes em flagrante delito. Os três agentes terão ainda realizado buscas domiciliárias sem a devida validação do órgão competente.

Os crimes ocorreram entre dezembro de 2022 e julho de 2023.

O julgamento prossegue a 6 de janeiro.