Transexual ateia fogo na cadeia
Cinco guardas ficaram feridos na sequência do incêndio. A reclusa transexual terá sido transferida da cadeia de Santa Cruz do Bispo por agredir outra reclusa e dois guardas prisionais.
Uma reclusa transexual ateou fogo a um colchão na prisão de Tires, em Cascais. A suspeita estava no recreio da prisão quando começou a criar desacatos.
Perto das dez horas da manhã desta segunda-feira, a reclusa começou por insultar guardas prisionais. Por esse motivo, foi levada para a sua cela.
Após iniciar o fogo, as chamas começaram a lavrar com intensidade e a suspeita refugiou-se no parapeito exterior com cerca de 30 centímetros.
Os guardas prisionais tentaram de imediato combater o fogo. Consequentemente, cinco deles ficaram feridos por inalação de fumo e tiveram de ser assistidos no Hospital de Cascais, assim como a prisioneira.
A mulher transexual nasceu um homem e, após fazer a transição de género, agora tenta reverter o processo.
Há três semanas já tinha agredido uma colega de cela e dois guardas prisionais na prisão feminina de Santa Cruz do Bispo, em Matinhos. Acabou assim por ser transferida para Tires, onde esta segunda-feira provocou o incêndio.
Frederico Morais, do Sindicato Nacional Corpo Guarda Prisional, defende que a solução ideal seria a transferência da suspeita para a cadeia de Monsanto.
Desde a sua transferência para Tires, a mulher permanecia em isolamento mas insistia em regressar ao convívio com as restantes reclusas.
Após dada a primeira oportunidade, a suspeita provocou um incêndio que podia ter terminado numa tragédia.