Taxa de pobreza
A diminuição abrangeu todos os grupos etários, mas teve maior expressão na população com mais de 65 anos. As famílias com crianças viram, por outro lado, a taxa de pobreza aumentar.
A população com mais de 65 anos foi a que, em 2024, registou a queda mais expressiva da taxa de pobreza, tendo este recuo sido o maior desde que existem dados para este indicador, que é publicado desde 2003. De acordo com o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento do Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de pobreza recuou, globalmente, para 15,4%, no ano passado.
A taxa de risco de pobreza corresponde a 60% da mediana dos rendimentos. Assim, tendo em conta esta referência, mais de 1,6 milhões de residentes em Portugal estavam nesta condição, um número que recuou em cerca de 100 mil face ao ano passado.
E se o recuo foi mais expressivo na população com mais de 65 anos, nas famílias com filhos fez-se o caminho inverso.
No relatório do INE, lê-se que “a taxa de pobreza aumentou nas famílias de um adulto com pelo menos uma criança e nos agregados constituídos por dois adultos com duas crianças”.
Já olhando para a condição perante o trabalho, os dados indicam que "o risco de pobreza diminuiu, quer para a população empregada, quer para a população desempregada".