11 bombeiros voluntários foram detidos pela PJ por serem suspeitos de violar um colega de 19 anos em duas ocasiões distintas

| 25 de Novembro de 2025 às 21:35
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11 bombeiros voluntários foram detidos pela PJ por serem suspeitos de violar um colega de 19 anos em duas ocasiões distintas

Os abusos terão acontecido dentro do quartel do Fundão e de Soalheira e os agressores registaram o momento nos telemóveis.

Foi num contexto de praxe que tudo aconteceu. O jovem de 19 anos estaria a realizar dois dos seus primeiros serviços na altura dos factos.

Estava a começar a carreira na corporação de bombeiros voluntários do Fundão.

Foi à mão dos próprios colegas que terá sido vítima de vários crimes, em dois momentos diferentes. Um no quartel do Fundão e outro no quartel da Soalheira, uma secção do primeiro.

Num momento inicial, o jovem foi praxado, mas os atos sexuais não chegaram a concretizar-se. Esses só viriam mais tarde. Dois crimes de violação e um de coação sexual.

Os momentos de abuso ficaram captados em imagens, já que os agressores utilizaram os próprios telemóveis para filmar os atos sexuais.

A Polícia Judiciária deteve os suspeitos dos crimes nesta terça-feira. No total, são onze operacionais, sendo que pelos menos dois deles têm cargos de chefia. Os telemóveis destes detidos foram, desde logo, apreendidos pela PJ nesta operação que intitularam de “Operação Integridade”.

A queixa partiu da própria vítima e foi apoiada pelo Comando da referida corporação que, de acordo com o comunicado da PJ, "colaborou com a Polícia em todo o momento, ".

Os relatos de vários bombeiros confirmam uma tendência de praxe na corporação, que por diversos casos terminavam em violência. Ainda assim, esta é a situação mais grave de que há registo.

Sabe-se agora que o jovem terá ficado sem exercer funções depois das detenções. Uma medida que foi aplicada ao mesmo tempo, em que o Comandante dos Bombeiros defende que os detidos não devem ser, para já, afastados do quartel, enquanto se apuram responsabilidades e se recolhe prova.

O inquérito está agora ao encargo do Ministério Público de Castelo Branco.