Violência doméstica
Também o número de casos de homicídios em Portugal já ultrapassa o de 2024, segundo o relatório anual de segurança interna.
Em 2025 já foram registadas 24 mortes no contexto de violência doméstica em Portugal. Só no mês de janeiro, registaram-se seis homicídios.
Um dos casos que mais marcou este ano foi o das mortes de Rute Santos e da filha Maria, de apenas 17 anos.
As duas foram assassinadas à facada em janeiro por José Januário, companheiro de Rute e padrasto de Maria.
Tudo aconteceu em Sesimbra, depois de uma discussão. O homicida de 45 anos suicidou-se após cometer o crime. A filha bebé dele e de Rute escapou ilesa.
O mês de fevereiro ficou marcado pela morte dos irmãos Pedro e Alexandre Marques, na Covilhã. Os homens tinham 61 e 55 anos. Foi o sobrinho de ambos quem os assassinou à pancada, tendo depois queimado os corpos com combustível.
Em maio, um homicídio em Oliveira do Bairro chocou o país. Conceição Figueiredo, de 69 anos, foi morta com dez facadas. O homicida esteve em fuga durante 20 dias e deixou o corpo da ex-namorada numa mata.
Já em agosto deste ano, uma jovem de 25 anos foi esfaqueada até à morte pelo ex-namorado, em São Mamede de Infesta, em Matosinhos. Ana Rita Dionísio foi morta na própria casa.
O número de homicídios em contexto de violência doméstica já ultrapassou o do ano passado inteiro, já que em 2024 foram registadas 22 mortes.
No que diz respeito à taxa de homicídios, este ano também já ultrapassa 2024, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna.
Em 2025 já foram registadas 95 mortes, mais seis do que no ano passado.
Tudo indica que 2025 será um dos piores anos no que diz respeito ao número de homicídios.