Tarifas
Entram assim em vigor as tarifas impostas por Donald Trump, que já ameaçou voltar a aumentar a percentagem caso os países europeus não injetem dinheiro na economia norte-americana.
Após uma semana de adiamento, entram esta quinta-feira em vigor as novas tarifas de Donald Trump impostas à União Europeia.
O acordo de 15% foi alcançado no final de julho. No entanto, o Presidente dos EUA já voltou a ameaçar com uma nova subida das tarifas. 35% caso o bloco não invista os 600 mil milhões de dólares que aceitou injetar na economia norte-americana.
Na altura do acordo, a União Europeia aceitou comprar 750 mil milhões de dólares em energia aos EUA e comprometeu-se a investir 600 mil milhões de dólares no mercado norte-americano e a comprar grandes quantidades de equipamento militar.
Mas as tarifas poderão não ficar por aqui. Todos os chips e semicondutores que entrarem nos Estados Unidos serão taxados em 100%.
As tarifas de Donald Trump poderão afetar mais de cinco mil milhões de euros de produtos portugueses, já que os Estados Unidos são o quarto mercado de destino das exportações nacionais.
Até ao momento, ainda não foi divulgada a lista de produtos essenciais que serão isentos das tarifas americanas. Se o vinho não ficar isento, Portugal arrisca perder 20 por cento do mercado norte-americano, que no ano passado comprou mais de 100 milhões de euros.
A possibilidade da cortiça, sector onde Portugal é líder mundial, ficar isenta, também está em cima da mesa.
Mas o novo plano tarifário não inclui apenas a União Europeia. No total, são cerca de 40 os países que estão sujeitos às tarifas adicionais que podem variar entre os 10 e os 41 por cento. É o caso do Japão, da Coreia do Sul, Reino Unido, Indonésia, Vietname e Taiwan.
Donald Trump tem apenas um objetivo com as tarifas: levar empresas a fabricar no país. Apesar da entrada em vigor das novas tarifas, as principais bolsas europeias abriram com ganhos moderados. A bolsa de Lisboa, chegou mesmo a abrir no vermelho, mas pouco tempo depois já negociava em alta.