Universidade do Porto
O processo teve início após uma denúncia enviada à Reitoria.
Após a denúncia feita pelo reitor da Universidade do Porto sobre ter sido alvo de pressões para deixar entrar no curso de Medicina 30 candidatos que tinham obtido menos do que os 14 valores exigidos na prova de conhecimentos realizada pela Faculdade de Medicina, o caso chegou já ao Ministério Público. A confirmação foi dada pela Procuradoria-Geral da República.
O inquérito foi aberto na sequência de uma denúncia relacionada com este concurso especial enviada à reitoria.
Comunicado da Reitoria da Universidade do Porto:
"Confirmamos que, na passada sexta-feira, 12 de setembro, a Reitoria da Universidade do Porto enviou uma participação ao Ministério Público e à Inspeção-Geral da Educação e Ciência, relativa ao Concurso Especial de Acesso para Titulares do Grau de Licenciado da Faculdade de Medicina da U. Porto, referente ao ano letivo de 2025/2026.
Esta participação, realizada no cumprimento das obrigações legais da Universidade, decorre da receção de uma denúncia que inclui novos elementos suscetíveis de configurar indícios de natureza criminal relacionados com o referido procedimento administrativo."
A polémica aumentou após o ministro Fernando Alexandre ter acusado o reitor da Universidade do Porto, António de Sousa Pereira, de ter mentido revelando ter existido disponibilidade para a criação das 30 vagas por parte da Faculdade de Medicina desde que existisse base legal. Por sua vez, o diretor desta instituição disse também que o reitor prestou declarações oportunistas, reafirmando ter agido de boa-fé.
Num comunicado enviado à nossa redação, o gabinete do reitor da Universidade do Porto informou que não prestará quaisquer comentários adicionais enquanto o inquérito conduzido pelo Ministério Público estiver em curso.