AD ganha com mais de meio milhão de votos ao 2º e 3º mas “encolhe” vantagem sobre Chega face a 2024

Lusa | 31 de Maio de 2025 às 12:45
Luís Montenegro
Luís Montenegro

De acordo com o mapa oficial este sábado publicado em Diário da República, em relação às legislativas de há um ano, votaram menos 156.983 eleitores inscritos.

As duas coligações lideradas pelo PSD obtiveram mais de dois milhões de votos nas legislativas de 18 de maio, com uma vantagem de 565.946 votos para o PS e 569.934 para o Chega.

Comparando com as diferenças entre estes três partidos nas legislativas de há um ano, verifica-se que a AD mais do multiplica por dez a vantagem face aos socialistas, que tinha sido de apenas 54.441 votos, naquela que tinha sido a margem mais curta de uma vitória em democracia.

Já em relação ao Chega, a vantagem passa de 697.203 em 2024 para 569.934, "encolhendo" 127.269 votos.

De acordo com o mapa oficial este sábado publicado em Diário da República, em relação às legislativas de há um ano, votaram menos 156.983 eleitores inscritos.

O partido liderado por André Ventura foi o que mais subiu em termos absolutos, com mais 268.733 votos do que em 2024. Pelo contrário, o PS foi o que mais perdeu, com menos 369.901 votos, segundo os resultados oficiais.

A AD ,(coligação PSD/CDS-PP no Continente e Madeira e que inclui o PPM nos Açores) que venceu as eleições, foi o segundo a ter o maior crescimento: 141.544 votos.

Ao nível de ganhos, o Livre (L) recolheu mais 52.416 votos, a Iniciativa Liberal (IL) teve mais 19.097 votos, e o Juntos pelo Povo (JPP), que conseguiu eleger um deputado, teve mais 1.745 votos.

Ao nível das quedas, e depois do PS, seguem-se o Bloco de Esquerda (BE), com menos 156.506 votos, o PAN perdeu 39.195 votos e a CDU teve menos 21.865 votos.

Com o apuramento dos círculos da emigração (Europa e Fora da Europa), a AD venceu as eleições legislativas de 18 de maio, com 91 deputados (89 do PSD e 2 do CDS-PP), o Chega alcança 60 deputados e o PS elege 58.

A Iniciativa Liberal mantém-se a quarta força política, com mais um deputado (nove) do que em 2024, e o quinto lugar é do Livre, que passou de quatro a seis eleitos.

A CDU perdeu um eleito e ficou com três parlamentares, enquanto o BE está reduzido a uma representante, tal como o PAN que manteve uma deputada.

Na XVII legislatura, a Assembleia da República passará a ter dez forças políticas representadas, em vez de nove, com a entrada do JPP. Terá, contudo, menos grupos parlamentares, sete (contra oito na anterior), já que JPP, PAN e BE serão representados por deputados únicos.