Advogada que encomendou morte do marido vai poder continuar a trabalhar em casa em Portugal
A mulher está a aguardar decisão de extradição em prisão domiciliária.
Francismara Machado vive no norte do país há dois anos e meio. Antes, era advogada no Brasil. Agora dedica-se ao fabrico de bolos. Foi autorizada a trabalhar a partir de casa, na Maia, para ajudar a sustentar a filha de 21 anos.
Foi condenada a 25 anos de prisão, no estado do Rio Grande do Sul, por ter encomendado a morte do marido em 2019.
Esta semana foi detida quando passava férias pela Polícia Judiciária de Vila Real, em Moura, no Alentejo, em cumprimento de mandado internacional.
Vai aguardar tramitação do processo de extradição em prisão domiciliária, na Maia, que será decidido num prazo de dois meses e meio.
A justiça brasileira estava informada da localização da homicida, o que foi tido em conta pela Relação do Porto, tal como o facto de estar inserida na sociedade.
O advogado de Francismara garante que a mulher paga impostos, Segurança Social, tem um carro, conta no banco, passaporte válido e título de residência.
Foi dado como provado pelo Tribunal de Vacaria que a mulher encomendou a morte do então companheiro Mateus Campos, de 33 anos.
Em setembro de 2019, o carro do motorista TVDE foi encontrado carbonizado e a vítima dada como desaparecida. O corpo foi encontrado duas semanas depois, baleado e com marcas de tortura.