Pedro Proença
O advogado afirmou que até à data de 2009, quando terá sido feito o testamento, "Marco Paulo não tinha herdeiros legitimários. Isto é, não tinha nem pais vivos, nem, ao que sabemos, os ascendentes e descendentes".
O advogado da família de Marco Paulo, Pedro Proença, explicou ao NOW o processo de distribuição de herança do artista, que terá favorecido o afilhado, António Coelho, e o pai deste.
Pedro Proença começou por dizer que está, juntamente com a família de Marco Paulo, perceber se há efetivamente "mais algum documento que possa ter sido feito".
"Vamos indagar isso, basicamente. É legítimo que eles queiram indagar, até porque este testamento tem aqui uma situação bastante dúbia. Antes de dizer no testamento que são seus herdeiros universais o afilhado e o pai do afilhado, Marco Paulo deixou como última vontade a sua intenção de que os chamados herdeiros legitimários fossem beneficiados pelo menos com aquilo que era a cota legalmente, que lhes é legalmente atribuída", afirmou.
O advogado continuou por dizer que até à data de 2009, quando terá sido feito esse testamento, "Marco Paulo não tinha herdeiros legitimários. Isto é, não tinha nem pais vivos, nem, ao que sabemos, os ascendentes e descendentes.
E, portanto, a grande questão que aqui se levanta, basicamente, e a grande dúvida que estamos a tentar perceber é não tendo pais vivos e não tendo descendentes, filhos, porquê é que Marco Paulo se preocupou, em primeira linha, em deixar claro que não queria prejudicar os seus herdeiros legitimários?"
Pedro Proença sublinhou que a família do artista diz-se injustiçada por ter sido deixada de parte da herança.
"Há que respeitar a vontade de Marco Paulo, nomeadamente em relação àquilo que era a relação que tinha com o afilhado e com o pai do afilhado, não está aí sem causa em momento algum. Agora, a sua alegada exclusão total da herança e a ideia que isso pode transmitir que de alguma forma havia uma má relação com a família é algo que o está a magoar bastante. E, portanto, eles sentem-se profundamente magoados e muito mais do que a questão patrimonial ou do interesse relativamente ao património de Marco Paulo. O que lhes está a custar e que está a magoar é a ideia que está a passar para a opinião pública de que Marco Paulo foi abandonado pelos seus familiares. E isso eles negam veementemente e sentem-se obviamente tristes e injustiçados com esta situação", afirmou.