PSP
O polícia usou a arma de serviço. Os juízes descartaram a tese de legítima defesa.
O polícia foi raptado por um casal de assaltantes e acabou por matar um dos suspeitos com a arma de serviço. Os juízes referem que não existia uma agressão em curso que justificasse a legítima defesa.
Foi um disparo fatal para o assaltante.
A dupla planeou o roubo ao pormenor, mas não imaginava o desfecho trágico que estava por vir. O caso remonta a 1 de abril de 2024: o agente da PSP foi abordado na zona de Algés pela dupla de criminosos.
O polícia foi obrigado a deslocar-se até um multibanco, depois foi coagido a dirigir-se para casa sempre sob ameaça do que julgava ser uma arma de fogo.
A noite de terror acabou em Benfica. O agente alcançou a arma de serviço e disparou contra o ladrão.
A vítima de 40 anos foi atingida com um tiro no peito. Apurou-se, entretanto, que o suspeito utilizava uma réplica de uma pistola.
Com o decorrer do processo, as circunstâncias em que o crime ocorreu colocavam em causa a tese de legítima defesa.
A decisão foi agora conhecido a 7 de outubro: o agente da PSP foi condenado a 14 anos de prisão pelo crime de homicídio.
Os juízes referem que não existia uma agressão em curso que justificasse a legítima defesa.
Para os magistrados, no limite, se o agente tivesse de usar à arma, deveria ter visado zonas não vitais da vítima mortal.
Segundo o "Jornal de Notícias", o homem terá ainda de pagar 40 mil euros ao filho da vítima.
Já a cúmplice do raptor apanhou uma pena suspensa de três anos e meio.
Apesar de a morte ter ocorrido na sequência de um roubo seguido de um sequestro de o ladrão estar na posse de uma arma falsa, o polícia de elite foi mesmo condenado pelo tribunal a 14 anos de cadeia.