André Ventura
As alegações estão expressas no livro "Por Dentro do Chega" escrito pelo jornalista Miguel Carvalho.
São agora trazidas à luz do dia gravações clandestinas. As escutas ilegais terão sido realizadas com o intuito de identificar eventuais opositores, que crescem dentro do Chega.
Ao longo das 750 páginas, as conversas gravadas acabam por revelar um clima de paranoia. André Ventura terá chegado a planear fugir do país numa lancha rápida.
Tânger seria o destino do atual Presidente do Chega. Era a partir do exílio em Marrocos que ventura planeava liderar o partido.
Esta seria a solução para a possível ilegalização do Chega em 2020. Na altura, segundo o jornalista Miguel Carvalho, vivia-se um ambiente de guerra civil dentro das muralhas do partido.
O Ministério Público investigava as assinaturas que estavam na origem do Chega.
Apesar de a investigação ter concluído que houve falsificações de assinaturas, o Ministério Público não conseguiu identificar a origem das mesmas e o processo foi, entretanto, arquivado.
O alegado plano de fuga acabou por não se realizar e à frente do Chega continua André Ventura.
Foram cinco anos de investigação que, segundo o autor, culminaram num livro que revela a face oculta da segunda maior força política em Portugal.
O livro ganha voz através das várias testemunhas entrevistadas por Miguel Carvalho.
O jornalista falou com diversos dirigentes e membros do Chega, alguns que já saíram, outros que ainda permanecem no partido.