Anjos e Joana Marques
Na sentença, pode ler-se que a humorista "pretendia desencadear uma reação não de ódio mas de riso".
A decisão judicial no caso que envolve Joana Marques e os Anjos concluiu que não ficou provado que a humorista tenha promovido alterações ao vídeo dos cantores que intensificassem falhas na atuação original.
Segundo a juíza, esta polémica teve origem nos erros técnicos da transmissão e não do conteúdo humorístico.
Nelson e Sérgio Rosado alegaram que o vídeo de Joana Marques e os comentários gerados pelo mesmo resultaram em elevados prejuízos, nomeadamente o cancelamento de concertos, perda de patrocínios e consequências do stress sofrido nos meses seguintes.
Os cantores pediram assim uma indemnização de um milhão e 118 mil euros pela soma de todos os prejuízos. Contudo, o tribunal não lhes deu razão.
Pode ler-se na sentença que a humorista "pretendia desencadear uma reação não de ódio mas de riso".
“A ré, Joana Marques, usa técnicas do humor no seu trabalho e a ampla plateia que observa a sua atividade reconhece que o produto final é de cariz humorístico”, lê-se.
A juíza afirmou, também, que o facto de a atuação envolver o hino nacional pode ter desencadeado reações de fervor nacionalista, o que pode explicar os comentários com maior animosidade para com os autores.
A dupla de cantores disse não concordar com a decisão, mas que depois de a justiça ter falado seguirão em frente com o seu caminho. “A justiça falou e agora com serenidade seguimos em frente”, afirmaram.
“Sempre dissemos que respeitamos e acreditamos na justiça, mesmo em decisões como a de hoje, com a qual não concordamos”, acrescentaram.
Em cima da mesa ainda está a hipótese de recorrer da decisão. Mas caso não o façam, Nelson e Sérgio Rosado terão de pagar 35 mil euros em custas judiciais, pelo processo que moveram contra a humorista Joana Marques.