“As maiores vítimas da nova lei da nacionalidade serão as crianças”, defende Bloco de Esquerda

Para o partido, “é uma lei cruel, que defrauda as expetativas de muitas pessoas que trabalham e que contribuem para o país sem resolver nenhum problema".

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, defendeu esta sexta-feira que “as maiores vítimas da nova lei da nacionalidade” são as crianças, nomeadamente, “as que nascem em Portugal e que vão ser tratadas como estrangeiras no próprio país” e os “filhos de pessoas que vivem em Portugal”, que podem perder a nacionalidade “nos primeiros dez anos de vida por um erro que não cometeram”. 

“É uma lei cruel, que defrauda as expetativas de muitas pessoas que trabalham e que contribuem para o país sem resolver nenhum problema", criticou. 

O parlamento aprovou esta sexta-feira o a aumento da residência mínima para a obtenção da nacionalidade de cinco para sete anos, para cidadãos de países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, e para dez anos, para cidadãos de outros países. A proposta de lei vai agora ser votada em plenário na próxima terça-feira, dia 28 de outubro.