Bebé da grávida que morreu no Hospital Amadora-Sintra apresenta quadro clínico reservado

Beatriz Torrete | 31 de Outubro de 2025 às 14:48
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Grávida morre no Hospital Amadora-Sintra

A grávida, cidadã da Guiné-Bissau, estava a residir na casa de uma cunhada em Portugal para ter o bebé, devido a problemas de saúde.

A grávida de 38 semanas, que morreu na madrugada desta sexta-feira no Hospital Amadora-Sintra, estava em Portugal há pouco tempo e veio devido a problemas de saúde. Foi, assim, a uma consulta de rotina naquela unidade hospitalar, na qual foi detetado um episódio de hipertensão ligeira.

No entanto, na urgência de obstetrícia, após efetuados os exames, a equipa médica não considerou ser um quadro de grande preocupação.

Dessa forma, a mulher foi encaminhada para casa com o alerta de quais seriam os sinais de alarme. Havia indicação para voltar ao hospital uma semana depois para a realização de um parto normal.

Mas nem um dia depois a grávida deu entrada na urgência em paragem cardiorrespiratória. Perto das 00h30 desta sexta-feira, o INEM foi accionado para casa da mulher, que apresentava falta de ar.

Entre a chamada do INEM e a chegada ao hospital passou cerca de uma hora e meia. Na urgência, os médicos não conseguiram reverter a situação. Depois de a grávida ter sido submetida a uma cesariana de emergência, o óbito foi declarado, pelas duas da manhã desta sexta-feira.

O bebé sobreviveu, mas apresenta um quadro clínico muito reservado. Está internado nos cuidados intensivos neonatais (UCIN).

A mulher tinha 36 anos e era cidadã da Guiné-Bissau. Segundo o diretor clínico do Hospital Amadora-Sintra, foi referenciada recentemente, quando chegou a Portugal. Tinha histórico de hipertensão em gravidezes anteriores, mas sem grandes pormenores.

Já o pai da criança não está em Portugal e a rede de apoio é reduzida. A grávida estava a residir na casa de uma cunhada para ter o bebé, devido a problemas de saúde. Teve a primeira consulta em setembro no mesmo hospital onde morreu.

O caso está a ser alvo de averiguação interna para investigar todos os pormenores. A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) abriu um processo de avaliação e a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde também se encontra a averiguar a situação.