Crescimento da Bitcoin em 2024
Ainda assim, desta vez o desempenho anual foi mais tímido do que no último 'halving' em 2020, quando a Bitcoin mais que quadruplicou o seu valor.
2024 fica para a história das criptomoedas. Foi o ano em que a Bitcoin mais que duplicou o seu valor, tendo mesmo ultrapassado a fasquia dos 100 mil dólares e que 'engordou' a capitalização de um mercado de cerca de dois milhões de ativos virtuais.
Para a memória fica o 'sprint' dos últimos dois meses da Bitcoin, tendo a criptomoeda valorizado mais de 50% desde a eleição de Donald Trump, como Presidente dos EUA.
Os investidores incorporaram o que se espera ser uma "era de ouro para as cripto" no segundo mandato de Trump, o que incluirá uma regulação mais amigável para este setor e uma potencial reserva estratégica nacional de bitcoins.
O novo Presidente dos EUA prometeu mesmo fazer da América a "capital mundial" das criptomoedas e já começou a tomar medidas para abrir as portas do paraíso ao setor, a começar pelas mudanças no supervisor financeiro.
Depois de Gary Gensler — cujo mandato foi marcado por várias investigações contra plataformas de cirptomoedas, incluindo a maior do país, a Coinbase — ter anunciado que iria renunciar à liderança da Securities Exchange Comission (SEC), Trump nomeou o advogado republicano Paul Atkins — visto como um 'crypto friend' do setor — para comandar o supervisor. O anúncio do futuro chefe de Estado levou mesmo a Bitcoin a ultrapassar a fasquia dos 100 mil dólares horas depois.
Mas não foi só com este 'sprint' que se fez a maratona da Bitcoin no ano passado, que começou com uma boa notícia e que animou todo o mercado das criptomoedas.
A SEC aprovou a 10 de janeiro os primeiros fundos negociados em bolsa com exposição direta ao preço da Bitcoin. Foi o suficiente para que em poucas horas a criptomoeda subisse mais de 6%, uma tendência positiva que se manteve no resto do ano. Além desta luz verde, o supervisor autorizou ainda os primeiros ETF com exposição direta ao preço da Ether.
Além dos ETF e de Trump, o mercado foi ainda bafejado pela redução da oferta de Bitcoin, um fenómeno conhecido como 'halving' e que acontece de quatro em quatro anos.
Ainda assim, desta vez o desempenho anual foi mais tímido do que no último 'halving' em 2020, quando a Bitcoin mais que quadruplicou o seu valor, tendo na altura passado da linha dos 3 mil dólares no arranque desse ano para o terminar acima da fasquia dos 20 mil dólares.