Bloco de Esquerda diz que houve "falta de controlo" político sobre a gestão da TAP e IL defende privatização da empresa

Joana Ramalho | 23 de Setembro de 2025 às 22:20
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Frente a Frente

Frente a Frente no NOW, Joana Mortágua afirmou que André Ventura não tem "qualquer credibilidade" para criticar "qualquer relatório". Já Mário Amorim Lopes defendeu que o caso de buscas à TAP começou "muito antes", com Pedro Nuno Santos.

Joana Mortágua (BE) e Mário Amorim Lopes (IL) estiveram Frente a Frente no NOW esta terça-feira e falaram sobre as buscas feitas à TAP no âmbito de um inquérito à indemnização paga a uma ex-administradora da companhia aérea.

Mário Amorim Lopes começou por afirmar que o caso "começou muito antes", com Pedro Nuno Santos, quando assumia a pasta das Infraestruturas durante a governação socialista. 

"Pedro Nuno Santos não se lembrava que tinha autorizado uma indemnização, e que não era coisa pouca, em meio milhão de euros. Como é que um ministro não se lembra de uma indemnização de 500 mil euros? Mas depois, entretanto, lembrou-se que tinha autorizado por Whatsapp", referiu, questionando as declarações do antigo secretário-geral socialista.

Neste sentido, Mário Amorim Lopes defendeu que, "politicamente", o que deve ser feito é "privatizar" a TAP "de uma vez por todas".

Já Joana Mortágua afirmou que é possível concluir que houve uma "falta de controlo" político sobre a gestão da TAP. 

De seguida, perante as acusações do líder do Chega sobre o PS ter "condicionado" as conclusões da comissão de inquérito relativamente à empresa, Joana Mortágua sublinhou que André Ventura "não tem qualquer credibilidade para criticar qualquer relatório".

"André Ventura, que fez o que fez na comissão de inquérito ao caso das gémeas [luso-brasileiras], em que fez um relatório à parte da comissão e com conclusões contrafactuais, não tem qualquer credibilidade", vincou.