
Em julho, o Brasil registou um défice orçamental de 7,86% do PIB acumulado nos últimos doze meses, enquanto a dívida pública se situou em 77,6% do PIB.
O Governo do Brasil vai aplicar novas restrições aos gastos públicos, com o objetivo de cumprir as metas de défice orçamental para este ano, segundo um relatório oficial publicado na segunda-feira.
A contenção da despesa chegará a 12,1 mil milhões de reais (cerca de 1,920 mil milhões de euros), 13% acima das previsões em julho último, de acordo com o relatório bimestral elaborado pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento.
A meta do governo brasileiro é atingir um défice primário (antes do pagamento de juros) zero para este ano, com uma margem de tolerância de 0,25%.
Ao apresentar o relatório em Brasília, o secretário executivo da Fazenda, Dario Durigan, admitiu uma "grande preocupação" com o efeito da desaceleração da economia brasileira na arrecadação de impostos, segundo declarações recolhidas pela imprensa local.
Em julho, o Brasil registou um défice orçamental de 7,86% do PIB acumulado nos últimos doze meses, enquanto a dívida pública se situou em 77,6% do PIB.
A economia brasileira cresceu 3,4% em 2024, embora para este ano o mercado financeiro e o Governo projetem uma desaceleração e calculem que o país se ficará por um crescimento de 2,3%.
Um dos principais fatores que está a contribuir para a desaceleração da economia são as taxas de juro, que se situam em 15%, o nível mais alto desde 2006, numa tentativa do banco central controlar a inflação. O índice de preços ao consumidor amplo acumulado nos últimos 12 meses atingiu um crescimento de 5,13% em termos homólogos.