Cabecilha de "Fantasmas do Cajuru" em Portugal
A organização está ligada ao tráfico internacional de cocaína e diversos homicídios violentos no Brasil.
Era conhecido no mundo do crime como “Rafinha”. Rafael Lourenço tinha 35 anos e era considerado o número um dos “Fantasmas do Cajuru”. O gangue existe há mais de 20 anos no bairro do Cajuru, em Curitiba, a capital do estado do Paraná, no Brasil.
No domingo, por volta das cinco da manhã, Rafinha foi surpreendido na Avenida do Repatriamento dos Poveiros, na Póvoa de Varzim. Foi executado com sete tiros. Correu cerca de 200 metros até à sua viatura, mas continuou a ser perseguido por dois homens, alegadamente.
A Polícia Judiciária estava a acompanhar a presença deste homem em Portugal. Vivia em Odivelas com a mulher e os três filhos menores.
Rafael já tinha constituído duas empresas deste lado do atlântico ligadas ao transporte de passageiros e ao comércio automóvel.
Procurado pela justiça brasileira, “Rafinha” veio para Portugal no verão do ano passado. Ainda regressou ao Brasil durante este período e deu entrada em território nacional pela última vez em abril deste ano.
Fez escala em assunção, no Paraguai e em Madrid, em Espanha, antes de entrar em Portugal por via terrestre.
Estava condenado a prisão desde 2021 por associação criminosa, tráfico de droga, branqueamento de capitais e posse ilegal de armas.
A Polícia Judiciária acredita que Rafael Lourenço tinha a intenção de continuar a atividade criminosa na Europa. Há suspeitas de que estaria a preparar o transporte de um carregamento de cocaína para Portugal.
Os "Fantasmas” começaram por assaltar bancos, mas depressa se dedicaram ao tráfico internacional de cocaína.
Só nos últimos cinco anos, o grupo terá faturado mais de 40 milhões de euros. São ainda suspeitos de vários homicídios violentos.