Cabeleireira Inês Pereira e filhos vão cumprir 7 anos de cadeira
O processo tinha ainda como arguido o ex-marido da cabeleireira, igualmente condenado a sete anos de prisão, mas este, entretanto, morreu.
A cabeleireira Inês Pereira e os seus dois filhos vão ter de cumprir os sete anos de prisão a que foram condenados em março do ano passado no Tribunal de São João Novo, no Porto. O Tribunal da Relação do Porto negou provimento ao recurso apresentado pela família.
O juiz que os condenou já tinha mandado emitir os mandados de detenção após trânsito em julgado e, mal o processo regresse ao tribunal de primeira instância, a cabeleireira "dos famosos" e os filhos, Inês Catarina e Ricardo Pereira, que na altura da condenação exercia funções de bancário no Banco Central Europeu, vão para a cadeia. Em causa uma fraude de mais de um milhão de euros que lesou o Estado em sede de IVA e IRC.
O processo tinha ainda como arguido o ex-marido da cabeleireira, igualmente condenado a sete anos de prisão, mas este, entretanto, morreu.
A decisão, assinada pelo juiz relator José Quaresma, foi confirmada a 14 de maio, tendo ainda negado provimento ao recurso de um outro arguido. Trata-se de um advogado, que ajudou a família a construir uma sociedade e usá-la como veículo de branqueamento.
A Relação confirmou os três anos de prisão suspensos por igual período. Já uma ex-funcionária da família, que chegou a ser testa de ferro da cabeleireira, mas que não recorreu da decisão de primeira instância, foi em março de 2024, punida com 2 anos de prisão, igualmente suspensa.
A família foi condenada a sete anos de prisão por fraude fiscal e branqueamento de capitais. Em causa, um esquema mantido em prática entre 18 de maio de 2011 e setembro de 2018. Os arguidos, que apresentam um património incongruente avaliado em cerca de um milhão de euros, foram ainda condenados a pagar ao Estado o valor global da fraude.