Cardeal Américo Aguiar defende que aumento da despesa em defesa deve significar "um esforço para a paz e não para a guerra"

Joana Ramalho | 27 de Junho de 2025 às 23:00
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Informação Privilegiada

Ainda assim, D. Américo Aguiar admitiu que considera que os países devem estar preparados para conter qualquer ameaça.

O cardeal Américo Aguiar esteve no programa Informação Privilegiada esta sexta-feira e afirmou que espera que o aumento da despesa de Portugal em defesa, assumido na cimeira da NATO, em Haia, signifique "um esforço verdadeiro para alcançar a paz e não para um armamento de preparação para a guerra".

"Papa Francisco, uma vez, disse uma coisa muito interessante: numa cimeira, estão vários chefes de Estado à volta da mesa a falar da paz e, depois, cada um leva o portfólio do seu armamento para vender aos outros. Ou seja, ao mesmo tempo que há empenho para encontrar a paz, tenta-se vender umas balas e uns mísseis dos quais a guerra se alimenta", destacou, invocando o ex-líder da Igreja Católica.

Neste sentido, o bispo de Setúbal apontou que o acordo estabelecido entre os membros da Aliança Atlântica nos Países Baixos, no que diz respeito à defesa, foi "um consenso em relação à comparticipação de cada um, mas, depois, Espanha e Itália apresentaram narrativas diferentes".

Ainda assim, D. Américo Aguiar admitiu que considera que os países devem estar preparados para conter qualquer ameaça. "Os Estados têm que ter o poder de dissuasão", acrescentou.