Presidente da Carris, Pedro Bogas
A empresa Main Energy faz a manutenção dos ascensores e do elevador desde 2019. Este ano, não foram apresentadas propostas abaixo do preço base da Carris, portanto, foram excluídas.
O presidente da Carris, Pedro Bogas, esclareceu esta quinta-feira, em conferência de imprensa, que a empresa celebrou um ajuste direto de cinco meses para a manutenção dos elevadores depois de o contrato público ter terminado, no final de agosto. Pedro Bogas justificou essa necessidade pelo facto de o concurso público ter ficado deserto.
“Este ano, em que atualizamos o preço base, que subiu de 995 mil euros para 1,5 milhões de euros, não foram apresentadas propostas abaixo do preço base, portanto, as propostas apresentadas foram excluídas. O concurso ficou deserto e, precisamente porque não podíamos ficar sem a manutenção dos ascensores e do elevador, celebrámos um ajuste direto com a empresa, que está a assegurar essa manutenção pelo prazo de cinco meses”, explicou Pedro Bogas.
A empresa Main Energy faz a manutenção dos ascensores e do elevador desde 2019. Em 2022, houve um novo concurso público e, como a empresa apresentou a proposta vencedora, foi renovado o contrato.
Está a decorrer um inquérito para averiguar se a causa do acidente desta quarta-feira foi um problema de manutenção.
O Elevador da Glória descarrilou esta quarta-feira, na Calçada da Glória, fazendo pelo menos 16 mortos e 18 feridos, cinco dos quais graves.
No dia do acidente, foi feita uma inspeção preventiva, que acontece todas as quartas-feiras, para averiguar se existem problemas. O relatório deu conta de que não havia problemas, mas deixou uma nota que diz que, “caso houvesse fios partidos no cabo de equilíbrio, o funicular deveria parar se imediato para ser limpo, verificado e lubrificado".
A causa do acidente terá sido um cabo que se partiu no início na descida.