Cerca de 80 famílias estiveram presentes na Assembleia da República na manifestação dos Estivadores

Mariana Azeitona | 12 de Outubro de 2024 às 23:07
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A insolvência da Associação da Empresa de Trabalho Portuário de Lisboa levou ao despedimento de 140 profissionais. Os Estivadores vão avançar com uma ação contra o Estado português.

Cerca de 80 famílias estiveram presentes na Assembleia da República na manifestação dos Estivadores.

A insolvência da Associação da Empresa de Trabalho Portuário de Lisboa levou ao despedimento de 140 profissionais. Os Estivadores vão avançar com uma ação contra o Estado português.

Acima de tudo pedem justiça e dignidade. Querem que os responsáveis políticos e que as instituições assumam a responsabilidade dos despedimentos da Associação da Empresa de Trabalho Portuário de Lisboa.

"Famílias nossas, quando eu falo famílias nossas estamos a falar de 80 famílias, pessoas que passaram muito mal mesmo, tivemos tentativas de suicídio e queremos os nossos direitos, queremos o nosso posto de trabalho e acima de tudo queremos a justiça, que está difícil de ser encontrada", disse João Lopes, ex-estivador do Porto de Lisboa.

O advogado Miguel Correia da Silva que representa 80 dos 140 trabalhadores diz que o Estado tem responsabilidades no processo e admite avançar com uma queixa na Comissão Europeia.

"Vão recorrer, vão exercer o seu direito de petição perante o Parlamento Europeu, vão denunciar Portugal à Comissão Europeia", afirmou o advogado.

Na altura da isolvencia da associação da empresa de Trabalho Portuário de Lisboa, era Pedro Nuno Santos, o ministro das infraestruturas, quem tutelava o Porto de Lisboa.

O deputado do Chega, Filipe Melo juntou-se à manifestação para pedir que o Governo resolva o problema dos estivadores.

"Onde é que estava o Governo do Partido Socialista nessa altura? Onde é que está o Governo do PSD agora?", enfatizou Filipe Melo. "Mas ninguém quer pegar neste caso."

Os sindicatos traíram estes homens e nada fizeram para os ajudar. "O sindicato que representava estes homens simplesmente desapareceu, não falou", disse o deputado do Chega.

Estes trabalhadores reclamam valores na ordem dos 5 milhões de euros em salários em atraso e indemnizações está uma dívida no valor de 200 mil euros a cada um destes trabalhador.