Frente a Frente
Bruno Gonçalves (PS) e Rita Matias (Chega) estiveram Frente a Frente no NOW.
Bruno Gonçalves (PS) e Rita Matias (Chega) estiveram Frente a Frente no NOW na noite desta sexta-feira e falaram sobre o episódio que tomou lugar na Assembleia da República onde o deputado do Chega Filipe Melo terá “mandado beijos” à socialista Isabel Moreira.
Rita Matias começou por dizer que não conseguiu ver se Filipe Melo realmente dirigiu os gestos a Isabel Moreira, mas acredita “na palavra do deputado, que disse que se estava a dirigir a Rui Tavares.
“De facto, um secretário de Mesa não pode interagir, portanto, se o fez, também fez mal. Espero que a Comissão [de Transparência e Estatuto dos Deputados] atue como tem de atuar. Fico satisfeita de ver o presidente do meu partido dizer que tomará decisões e consequências mediante o que seja apurado”, acrescentou.
A deputada do Chega acusou ainda o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, de ter “dois pesos e duas medidas”.
“Hoje também deu entrada de um requerimento entregue pelo deputado Pedro Frazão, que foi ameaçado pelo deputado Hugo Soares, onde todos ouviram ser dito ‘vou te dar porrada em tua casa’”, concluiu.
Por sua vez, Bruno Gonçalves lamentou que, “sempre que se envolvem deputados do Chega, já não são só aqueles que roubam malas ou aqueles que se dirigem a outros num tom absolutamente desagradável em relação ao tom de pele”, disse. O socialista referia-se ao deputado Miguel Arruda, que foi acusado de roubar malas no Aeroporto de Lisboa, e a comentários proferidos pela bancada à socialista Romualda Fernandes. Ambas as acusações foram negadas por Miguel Arruda e André Ventura.
“Lembremos que não é apenas desta legislatura, mas já da legislatura anterior. Isso ficou muito bem relatado na última legislatura com uma deputada do partido socialista, não quero aqui sequer mencionar nomes”, acrescentou.
Por fim, Bruno Gonçalves criticou ainda o comportamento do secretário da mesa, que deve ter responsabilidades acrescidas.
“Se uma pessoa se senta na secretaria da Mesa, onde tem um dever especial de respeito ao parlamento, se comporta desta forma, imagino como é que se porta junto da bancada, onde até é aplaudido”, concluiu.