Chega diz que partilha nomes de crianças imigrantes não causou danos; PCP critica mais um episódio de cruzamento do Chega com Justiça

Inês Simões Gonçalves | 29 de Setembro de 2025 às 22:45
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Frente a Frente

Rita Matias (Chega) e João Ferreira (PCP) estiveram Frente a Frente no NOW.

Rita Matias (Chega) e João Ferreira (PCP) estiveram Frente a Frente no NOW na noite desta segunda-feira e falaram sobre desfecho do julgamento cível no caso da divulgação da identidade de uma criança estrangeira pela deputada do Chega. 

Rita Matias começou por explicar que “a única coisa que a família pedia era a supressão do nome da menor visada da lista diversa, com 17 nomes”. 

“Se eu pedisse agora um exercício para que citassem um dos nomes, tenho a certeza de que ninguém saberia dizer”, defendeu. 

A deputada do Chega disse que foi acusada de, pela partilha dos nomes, ter causado “situações de dano a crianças de três anos”. 

“Isto é uma acusação que me perturbava. O próprio tribunal entendeu que isto extravasava completamente aquilo que é um processo civil [...] e que tinha uma atuação política que condicionava a minha campanha”, acrescentou. 

Por sua vez, João Ferreira lamentou “mais um episódio da longa história de cruzamento de responsáveis do Chega, como deputados, responsáveis políticos aos mais diversos níveis de responsabilidade, [...] com a justiça”. 

“Para um partido que diz que quer acabar com a bandidagem, só se estiver preocupado com a concorrência”, criticou. 

O Vereador da Câmara Municipal de Lisboa do PCP disse ainda que este caso é “uma imagem [...] definidora de quem a toma. 

“Definidora do carácter, ou da ausência dele, dos padrões de conduta ética que orientam quem agiu desta forma”, concluiu.