China suspende tarifa adicional de 24% sobre importações dos Estados Unidos por um ano
A decisão visa implementar os resultados da trégua comercial bilateral alcançada na semana passada.
A China e os Estados Unidos voltaram atrás com as imposições comercias. É o primeiro sinal de tréguas depois de Donald Trump e Xi Jiping se terem encontrado na Coreia do Sul.
A suspensão prolonga por 12 meses a taxa de 24% sobre as tarifas recíprocas que Pequim tinha anunciado em março, como resposta às taxas alfandegárias impostas por Washington. No entanto, os direitos aduaneiros de 10% sobre mercadorias norte-americanas vão continuar em vigor.
Segundo dá nota um comunicado publicado no portal eletrónico do Ministério das Finanças chinês, ainda não são conhecidas as mercadorias em causa. Sabe-se, apenas que Pequim vai deixar de aplicar direitos aduaneiros adicionais à importação de soja e de outros produtos agrícolas norte-americanos.
Algumas destas taxas alfandegárias impostas pela China aos EUA chegavam aos 15%.
Segundo o executivo chinês as medidas devem entrar em vigor a partir do dia 10 de novembro.
O passo atrás da China nas questões comerciais e económicas com os Estados Unidos confirma a aplicação dos compromissos assumidos entre os dois líderes. A decisão de Pequim coincide com a de Washington, de reduzir de 57% para 47% as tarifas médias impostas sobre produtos chineses.
As duas maiores economias do mundo mantêm há vários anos um conflito comercial.