Começaram a ser julgados os quatro suspeitos de assaltos a ourivesarias em Fátima que foram detidos na ponte 25 de Abril

| 08 de Setembro de 2025 às 21:47
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Fátima

O julgamento prossegue na próxima semana com a audição das testemunhas da defesa.

Na primeira sessão do julgamento estiveram presentes os três arguidos que estão em prisão preventiva, com idades entre os 20 e os 25 anos.

Todos com antecedentes criminais, estavam em liberdade na data dos crimes, por terem beneficiado da visita do Papa a Portugal, para terem saído da prisão mais cedo.

O quarto elemento, de 59 anos, que está em liberdade, não esteve presente, nem justificou a sua falta.

O caso diz respeito a setembro do ano passado, quando o grupo, assaltou de cara tapada e armado, uma ourivesaria no centro de Fátima.

A PJ de Leiria estava no terreno, uma vez que dias antes no final de agosto tinham ocorrido outros assaltos idênticos a este tipo de lojas, nas imediações do Santuário. Os suspeitos que moram todos na margem sul já estava a ser vigiados.

Os investigadores detetaram as motivações do gangue e assistiram ao assalto.

O grupo não foi logo detido, por estar armado e com um comportamento muito agressivo, motivo pelo qual a judiciária optou por fazer uma perseguição discreta.

Os suspeitos viajaram a alta velocidade e fizeram os 135 quilómetros entre Fátima e Lisboa em 40 minutos, onde acabaram por ser detidos no tabuleiro da Ponte 25 de Abril, que foi encerrado para a sua captura.

Antes desfizeram-se de vários artigos em ouro, armas e munições, material que foi recuperado.

Embateram em vários carros, ainda fugiram a pé e tentaram entrar noutras viaturas que estavam paradas no tabuleiro por indicação da PSP.

No inicio do julgamento o condutor da fuga foi repreendido pela juiz-presidente em relação ao modo como falava e ria para o coletivo do Tribunal.

O outro arguido que falou, mostrou-se arrependido, lamenta ter arrastado para aquela situação o irmão mais novo, que também está detido e é um dos arguidos.

Diz que o assalto foi feito por impulso, por estar endividado e terem consumido álcool e droga.

Nesta primeira sessão foram ouvidas as pessoas indicadas pelo MP.

O julgamento prossegue na próxima semana com a audição das testemunhas da defesa.