Vaticano
O objetivo é que não haja pressão ou influência de fora.
Mais de 130 cardeais vão ficar em clausura no Vaticano, sem acesso a qualquer tipo de meios de comunicação, até ser eleito o novo líder da Igreja Católica. No primeiro dia, que é já esta quarta-feira, os cardeais votam tanto de manhã como de tarde. Após cada votação, o Vaticano assinala através de fumo se foi ou não eleito um novo Bispo de Roma.
O fumo preto significa que nenhum candidato conseguiu dois terços dos votos e os cardeais seguem para novas votações.
Já o fumo branco assinala a eleição de um novo Papa, que pouco depois é apresentado ao mundo pela varanda da Basílica de São Pedro.
A eleição não tem duração estipulada.
No último século, as votações terminaram todas em menos de uma semana. O Papa Francisco, por exemplo, foi eleito no segundo dia.
O maior conclave de que há registo durou quase três anos.
Até ser escolhido o novo Papa, os cardeais ficam em clausura. A própria origem latina da palavra conclave significa 'fechado à chave', e assim vão ficar.
A partir das nove da manhã do dia 7 de maio ficam sem acesso a telemóveis, rádios, jornais, à Internet ou a qualquer outro tipo de comunicação com o mundo exterior.
O objetivo é que não haja pressão ou influência de fora.
Para isso, tanto a capela Sistina como a casa de Santa Marta, onde vão pernoitar, foram passadas a pente fino por técnicos especializados. Todos os equipamentos de captação de som ou imagem foram banidos dos locais.
Além disso, todos os que têm acesso à capela Sistina prestaram juramento, sob pena de excomunhão, de nunca revelarem o que vier a acontecer durante o conclave.
O local foi também alterado para as votações. As janelas foram escurecidas e sobre o pavimento original foi construída uma plataforma e postas duas salamandras. Uma vai servir para queimar os boletins de voto e notas escritas pelos cardeais, e a outra é destinada ao fumo que vai assinalar o novo Bispo de Roma.