Cotrim de Figueiredo aponta responsabilidade do presidente da Carris no descarrilamento do Elevador da Glória, mas não pede demissão
Para o candidato presidencial, “o que é importante nestes casos é que [...] haja de facto um apuramento de responsabilidades”.
O candidato à presidência da República Cotrim de Figueiredo defendeu esta terça-feira que o Presidente da Carris deve assumir as responsabilidades sobre o descarrilamento do Elevador da Glória, mas não pede uma demissão.
“O que é importante nestes casos é que [...] haja de facto um apuramento de responsabilidades”, acrescentou.
Recorde-se que o relatório preliminar do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários sobre o acidente do Elevador da Glória, que causou 16 mortos e cerca de duas dezenas de feridos foi divulgado esta segunda-feira.
De acordo com o relatório, o cabo que unia as duas cabinas do elevador da Glória, e que cedeu no seu ponto de fixação da carruagem que descarrilou, não respeitava as especificações da Carris, nem estava certificado para uso em transporte de pessoas.
Segundo Cotrim Figueiredo, o relatório “parece pôr a grande parte, senão a totalidade” das responsabilidades na Carris, sobretudo na cadeia que é responsável pela manutenção dos equipamentos”.
O candidato a Belém lembrou que foi o presidente da empresa responsável pelo Elevador que nomeou a pessoa que tratava da manutenção.
“Acho que deve receber a sua parte da responsabilidade, mas não sei se corresponde a uma demissão”, concluiu.