Covilhã despediu-se esta manhã de Daniel Argelo, bombeiro que morreu no passado domingo no Fundão

| 19 de Agosto de 2025 às 18:15
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Funeral de Daniel Argelo

Tinha 44 anos e deixa para trás a mulher e um filho adolescente.

O silêncio da dor e o som das sirenes marcaram a despedida de Daniel Argelo. O bombeiro da Covilhã morreu quando o autotanque que conduzia caiu numa ravina, a caminho de um incêndio no Fundão.

Servia a corporação há quase 20 anos.

Primeiro como voluntário, desde 2005, e depois como funcionário. Ao longo de duas décadas combateu chamas, salvou vidas e esteve sempre na linha da frente.

Daniel tinha 44 anos. Era casado e deixa um filho adolescente, de apenas 14 anos.

No cortejo, viam-se lágrimas de familiares e de colegas. Muitos não escondiam a revolta e a sensação de injustiça.

O acidente aconteceu no domingo.

Além de Daniel, seguiam na viatura outros quatro bombeiros. Dois continuam internados nos cuidados intensivos, em Coimbra e na Covilhã. Não correm perigo de vida.

Durante a cerimónia, ouviram-se gritos de desespero. Os bombeiros, destroçados, abraçavam-se, incapazes de conter a emoção.

A homenagem fez-se com todos em sentido. A sirene soou e o quartel esteve todo unido.

Também marcaram presença o primeiro-ministro Luís Montenegro e a Ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral.

Montenegro foi vaiado por alguns populares, num gesto de revolta contra a atuação do Governo nas últimas semanas.

Entre tristeza, choro e revolta, a Covilhã despediu-se de um dos seus.

É a segunda vez que os bombeiros da Covilhã perdem um homem num acidente. E Daniel torna-se a segunda vítima mortal dos incêndios deste ano em Portugal.

A corporação promete continuar no teatro de operações.