Braga
Aluno da Escola Básica Nº1 de Real tem uma "patologia de agressividade". Pais de alunos estão preocupados com a situação.
Desde o ano letivo passado que várias crianças são agredidas e ameaçadas por um aluno.
“O ano passado a minha filha foi agredida por um miúdo da escola. Foi atirada entre [as] grades. Puxou-lhe cabelos, tentou bater-lhe. E ela conseguiu escapar, meter-se numa casa de banho para que ele não lhe batesse”, conta uma mãe.
Também professores e funcionários foram alvo de agressões.
“Foi algo fizeram a uma professora e ela caiu e acho que meteu baixa. E os próprios funcionários têm medo. Já bateu com um caderno a uma criança. A criança abriu qualquer coisa na testa e foi para o hospital”, descreve-se.
Diversos pais chamaram a polícia ao recinto escolar e apresentaram queixas à escola.
“A diretora de turma o que nos disse foi que já tentaram tudo para resolver a situação, mas que neste momento terá que ser com alguém superior: com a DGEstE e com a CPCJ.”
A escola não informou os pais sobre as medidas adotadas para resolver a situação.
A nossa equipa de reportagem contactou o Agrupamento de Escolas de Real, que referiu ter “conhecimento da situação” e que “em estreita articulação com outras entidades competentes, está a envidar todos os esforços necessários para a resolução”.
O comportamento violento do aluno será derivado de um problema de saúde e acontece de forma esporádica.
Os pais dizem que a Escola não está preparada para receber alunos com necessidades especiais.
Estaria previsto que o aluno frequentasse o Centro Escolar de Maximinos, inserido num Território Educativo de Intervenção Prioritária. Tal não terá acontecido por falta de vagas e o aluno regressou ao antigo estabelecimento de ensino, que só terá sabido da sua presença já no início do ano letivo.
Tentamos chegar à fala com o Agrupamento de Escolas de Maximinos, mas não obtivemos resposta até ao fecho desta reportagem. Também a CPCJ foi contactada, mas não revelou qualquer informação.
Após vários contactos da nossa equipa de reportagem, a Escola Básica N° 1 de Real, em Braga, reuniu-se com os representantes dos pais esta terça-feira à tarde para conversar sobre o caso.