Criança de 7 anos com problemas de saúde agride colegas e professores na escola em Braga

| 26 de Setembro de 2025 às 12:50
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Braga

Aluno da Escola Básica Nº1 de Real tem uma "patologia de agressividade". Pais de alunos estão preocupados com a situação.

Desde o ano letivo passado que várias crianças são agredidas e ameaçadas por um aluno. 

“O ano passado a minha filha foi agredida por um miúdo da escola. Foi atirada entre [as] grades. Puxou-lhe cabelos, tentou bater-lhe. E ela conseguiu escapar, meter-se numa casa de banho para que ele não lhe batesse”, conta uma mãe. 

Também professores e funcionários foram alvo de agressões. 

“Foi algo fizeram a uma professora e ela caiu e acho que meteu baixa. E os próprios funcionários têm medo. Já bateu com um caderno a uma criança. A criança abriu qualquer coisa na testa e foi para o hospital”, descreve-se. 

Diversos pais chamaram a polícia ao recinto escolar e apresentaram queixas à escola.

“A diretora de turma o que nos disse foi que já tentaram tudo para resolver a situação, mas que neste momento terá que ser com alguém superior: com a DGEstE e com a CPCJ.”

A escola não informou os pais sobre as medidas adotadas para resolver a situação.

A nossa equipa de reportagem contactou o Agrupamento de Escolas de Real, que referiu ter “conhecimento da situação” e que “em estreita articulação com outras entidades competentes, está a envidar todos os esforços necessários para a resolução”.

O comportamento violento do aluno será derivado de um problema de saúde e acontece de forma esporádica.

Os pais dizem que a Escola não está preparada para receber alunos com necessidades especiais.

Estaria previsto que o aluno frequentasse o Centro Escolar de Maximinos, inserido num Território Educativo de Intervenção Prioritária. Tal não terá acontecido por falta de vagas e o aluno regressou ao antigo estabelecimento de ensino, que só terá sabido da sua presença já no início do ano letivo.

Tentamos chegar à fala com o Agrupamento de Escolas de Maximinos, mas não obtivemos resposta até ao fecho desta reportagem. Também a CPCJ foi contactada, mas não revelou qualquer informação.

Após vários contactos da nossa equipa de reportagem, a Escola Básica N° 1 de Real, em Braga, reuniu-se com os representantes dos pais esta terça-feira à tarde para conversar sobre o caso.