António Leitão Amaro
Firma de Ricardo Machado comprou imóvel, em Lisboa, por 750 mil euros, em 2018, e vendeu-o, em 2021, ao mesmo preço.
Um imóvel devoluto com cerca de 143 metros quadrados na cidade de Lisboa foi vendido em 2021 ao ministro da Presidência, António Leitão Amaro. A vivenda foi vendida por 750 mil euros pagos à empresa Destinos Mágicos, do cunhado do ministro, que era proprietário do imóvel.
Ricardo Leitão Machado vendeu a casa exatamente pelo valor pelo qual tinha comprado a casa três anos antes. O negócio foi feito ainda antes de Leitão Amaro ser membro do Governo de Luís Montenegro. Desde a tomada de posse como ministro, as empresas do cunhado celebraram vários negócios com o Estado, atingindo um total de 35 milhões de euros.
Uma das empresas, a Gesticopter, que celebrou contratos com a Força Aérea, está a ser investigada pelo Ministério Público no inquérito que investiga suspeitas de corrupção, burla e fraude fiscal. Questionado sobre o negócio da compra da casa ao cunhado, Leitão Amaro foi muito claro.
"Acordei adquirir um imóvel que a empresa alienante perdeu o interesse em reabilitar por si própria, por um preço estabelecido em linha com preços de mercado praticados naquela zona para imóveis com aquelas características, (...) ficando combinado que, apesar de a empresa pertencer a um familiar, não me seria aplicado nenhum desconto. Comprei, por isso, pelo preço sem descontos, sem favores, sem benefícios", garantiu.
Foi neste imóvel que o ministro e a mulher investiram cerca de um milhão e 340 mil euros na operação de compra e nas obras de reabilitação do imóvel. Deste valor, 860 mil euros foram obtidos através de crédito à habitação, como foi descrito na declaração de rendimentos entregue à Entidade Para a Transparência.
António Leitão Amaro declarou um rendimento anual de 32 mil e 29 euros.