BES

Custo de perícia financeira a várias operações do antigo Banco Espírito Santo vai custar mais 100 mil euros aos contribuintes

| 03 de Setembro de 2025 às 14:20
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Banco Espírito Santo

O Ministério Público alegou não ter recursos e contratou um consultor da Deloitte para acompanhar a perícia.


O custo deste processo já ultrapassou os 300 mil euros, um valor que será pago pelos contribuintes.

Depois do tribunal ter adjudicado o trabalho à Mazars por 233 mil euros, o Ministério Público fez saber agora que irá nomear um consultor privado da Deloitte pagando-lhe 85 mil euros mais IVA, o que se traduz num total de 104 mil euros.

De acordo com um requerimento, os procuradores consideraram que não foi possível encontrar alguém, dentro daquela estrutura, que pudesse ser indicado e aceitasse desempenhar a função de consultor na perícia às operações financeiras realizadas pelo BES, as quais terão estado na base da queda do banco, em 2014.

No mesmo documento, o Ministério Público refere que o pagamento à consultora deve ser autorizado pelo tribunal, tal como aconteceu com a Mazars.

O orçamento apresentado pela empresa refere uma primeira tranche de 30 mil euros, com a adjudicação da proposta; e um segundo pagamento, no mesmo valor, com a entrega de comentário à perícia. Por fim, um terceiro e último pagamento no valor de 25 mil euros, com a entrega dos contributos para um eventual documento de contestação.

O julgamento do principal processo relacionado com a queda do BES teve início em outubro do ano passado. Ricardo Salgado, o antigo presidente do banco, foi acusado de 65 crimes, mas mais de dez já prescreveram e outros prescrevem até ao final deste ano.