Departamento Central de Investigação e Ação Penal investiga Benfica por violação das sanções económicas à Rússia
Em causa estão 70 mil euros recebidos pela transferência de Germán Conti para o Lokomotiv Moscovo. Rui costa já foi constituído arguido.
O presidente do Benfica foi constituído arguido como representante da SAD do clube da luz, num eventual crime de branqueamento de capitais. O departamento central de investigação e ação penal está a investigar uma eventual violação das sanções económicas à Rússia.
Em causa está a transferência do ex-Benfica Germán Conti, do Lokomotiv Moscovo para o Colón da argentina. O clube da luz tinha direito 70 mil euros dos 180 mil do total da transferência. Com a aprovação das sanções à Rússia, o valor acabou por entrar nas contas do Benfica, apesar de, na altura, estarem congeladas todas as transferências com a Rússia.
Segundo uma fonte próxima do clube, tudo não passou de um erro e, quando foi detetado, foi devolvido o montante. O Benfica já respondeu à acusação e garante que recusou receber o dinheiro.
“O Sport Lisboa e Benfica cedeu Germán Conti sem contrapartida financeira, na época de 2022/23, ao Lokomotiv Moscovo. Na época seguinte, o clube russo vendeu esse jogador a um terceiro clube. O Sport Lisboa e Benfica era detentor de uma percentagem do passe, por isso, tinha direito a receber 70 mil euros. Quando se tomou conhecimento do entendimento do Ministério Público, de que na data da transferência, o clube estaria abrangido por sanções da União Europeia, o Benfica fez cessar os efeitos do contrato e recusou receber qualquer pagamento”, esclareceu o SL Benfica em comunicado.
Caso fique demonstrado que, de facto, tudo não terá passado de uma falha, o Ministério Publico poderá optar por suspender provisoriamente o processo, com um pagamento de multa do Benfica.
O que é certo é que surge mais uma polémica no Benfica, a sensivelmente duas semanas das eleições mais disputadas da história do clube da luz, naquele que é um momento absolutamente decisivo para o futuro do clube.