Manuela Dias
Quando era Presidente das freguesias, a autarca de Loures terá beneficiado o ginásio do genro. Manuela Dias renunciou ao mandato, depois da notícia ter sido tornada pública.
É mais um caso a envolver membros do Chega em cargos públicos. Manuela Dias, agora autarca em Loures pelo Chega, está a ser acusada pelo Ministério Público de crime de participação económica em negócio.
Quando era Presidente da União das freguesias de Moscavide e Portela, eleita por uma coligação do PSD, Manuela Dias terá retirado benefícios para si e para o seu genro.
Segundo o "Observador", com a realização de quatro programas desportivos, a junta pagou à empresa "treina encantos" mais de 30 mil euros, durante os anos de mandato entre 2013 e 2017.
Para atividades como ginástica e desporto e aventura a inscrição era de 100 euros por semana e para a atividade de dança de 50 euros por semana.
Na acusação é referido que não houve qualquer contrato de parceria ou prestação de serviços estabelecido entre a união de freguesias e a empresa do genro. Em causa está o pagamento de mais de oito mil euros à empresa do genro, em 2014.
No ano seguinte, passou a ser de cerca de sete mil euros, em 2016 de cinco mil euros e no ano seguinte aumentou para mais de nove mil euros.
Em reação, o vereador do Chega em Loures e também deputado, Bruno Nunes, pediu à autarca a renúncia do mandato. O pedido foi aceite esta segunda-feira sob o compromisso da saída ser comunicada ainda esta terça-feira à Assembleia Municipal de Loures.
É o quarto caso a envolver membros do Chega em cargos públicos nas últimas semanas. Miguel Arruda, suspeito de ter furtado malas nos aeroportos de Lisboa e Ponta Delgada, deixou o grupo parlamentar e foi expulso do partido.
Dias depois, o deputado municipal de Lisboa Nuno Pardal Ribeiro está acusado de dois crimes de prostituição de menores agravada. No mesmo dia, foi notícia de que José Paulo Sousa, deputado regional do Chega nos Açores, foi apanhado a conduzir com uma taxa de álcool superior ao limite.