Os Estados Unidos, que em 2018 se retiraram unilateralmente do acordo nuclear internacional assinado em 2015, têm manifestado crescentes dúvidas sobre as intenções do regime iraniano, apontando para os relatórios da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) que confirmam o aumento do stock de urânio enriquecido do país.
Mais de 70 deputados iranianos assinaram uma carta a pedir ao Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irão que tome medidas para desenvolver armas nucleares, noticiou esta segunda-feira a imprensa local.
A petição, subscrita por 71 dos 290 membros do parlamento iraniano, apela a uma revisão da doutrina de defesa da República Islâmica perante a atual situação no Médio Oriente.
No documento, os deputados acusam Israel de estar "à beira da loucura", denunciando ataques indiscriminados que violam as suas "obrigações internacionais".
Até agora, Teerão sempre sustentou que o seu programa nuclear tem fins exclusivamente pacíficos, citando uma fatwa (decisão jurídica baseada na lei islâmica) do líder supremo, ayatollah Ali Khamenei, que proíbe o desenvolvimento de armas atómicas.
Os Estados Unidos, que em 2018 se retiraram unilateralmente do acordo nuclear internacional assinado em 2015, têm manifestado crescentes dúvidas sobre as intenções do regime iraniano, apontando para os relatórios da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) que confirmam o aumento do stock de urânio enriquecido do país.
O Irão suspendeu a cooperação com a AIEA, o órgão de supervisão nuclear da ONU, depois de Israel ter lançado uma guerra de 12 dias contra o país em junho.
Israel procurou destruir as capacidades nucleares do Irão, que também foi atacado pelos Estados Unidos com o mesmo objetivo.