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Discurso de Montenegro no Conselho Nacional do PSD: André Coelho Lima defende que foi "atrevido" em certas afirmações. Mariana Vieira da Silva diz que se voltou a ver o primeiro-ministro de há algumas semanas

Rita Carmona Direito | 12 de Março de 2025 às 22:51
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Frente a Frente

Mariana Vieira da Silva (PS) e André Coelho Lima (PSD) estiveram Frente a Frente no NOW.

Mariana Vieira da Silva (PS) e André Coelho Lima (PSD) estiveram Frente a Frente no NOW na noite desta quarta-feira e comentaram as declarações que Luís Montenegro tinha acabado de fazer no discurso inicial do Conselho Nacional Extraordinário do PSD, em Lisboa. 

André Coelho Lima começou por dizer que a frase proferida por Montenegro que afirmava que "a responsabilidade desta crise é do sucesso e da popularidade do primeiro-ministro e do Governo" era atrevida, mas que já se enquadrava no período pré-eleitoral. 

Além disso, defendeu que não segue a linha daquilo que o primeiro-ministro tem dito, porque nos últimos dias, principalmente na moção de confiança, "tem apresentado alguma humildade".

André Coelho Lima argumenta ainda que Luís Montenegro afirma estar a dizer a verdade em relação à sua empresa familiar e por isso não pede desculpa. "Não pede desculpa por algo que nega. Isto só mostra o que tenho dito: aquilo que o país precisa é de esclarecimento, não de confronto político", acrescentou. 

Já Mariana Vieira da Silva diz que com este discurso foi possível voltar a ver o primeiro-ministro que "se viu há algumas semanas e garantiu que não responderia a mais nenhuma pergunta e a ninguém que não fosse tão transparente quanto ele". 

Na opinião da deputada, Montenegro não percebeu o que aconteceu e o que está em causa, porque quem fez cair o Governo foi o próprio Governo, uma vez que poderia ter retirado a moção de confiança.

Mariana Vieira da Silva acrescenta ainda que a ideia de traição do PS —"que a única coisa que tem pedido são esclarecimentos"— vinda de um primeiro-ministro "que corrige alguns erros, mas nunca pede desculpa e diz que errou e que nunca assumiu que fechar a empresa era o que provavelmente daria melhores garantias de não estarmos nesta crise, é de quem não compreendeu as explicações que tem de dar ao país."