Vila Franca de Xira
O caso acabou por levar o paciente a procurar ajuda no setor privado, onde teve de pagar quase 800 euros para obter uma resposta adequada.
O episódio aconteceu no sábado à tarde nas urgências de Vila Franca de Xira. Um doente, com histórico de AVC e várias cirurgias ao ombro esquerdo, deu entrada com dores incapacitantes no ombro direito.
Enquanto era observado, o médico terá acompanhado, no telemóvel, o jogo entre o Manchester United e o Chelsea. A consulta resultou numa radiografia e na administração de um analgésico. Pouco depois, o paciente teve alta.
Mas as queixas voltaram poucas horas mais tarde. Já em casa, e sem resposta eficaz no SNS, recorreu ao hospital da Luz, em Lisboa. Foi encaminhado para um ortopedista e diagnosticado com síndrome de capsulite adesiva, vulgarmente conhecida como "ombro congelado".
A resposta adequada só foi possível no privado, com um custo de quase 800 euros.
A Unidade Local de Saúde do estuário do Tejo garantiu que o atendimento estava dentro das regras: “o atendimento no quadro de uma urgência hospitalar seguiu as melhores normas clínicas para um doente que se apresenta com os sintomas mencionados: radiografia, para averiguar se se trata de patologia que exija intervenção imediata, e analgésicos”.
O caso está agora a gerar polémica, com críticas à falta de acompanhamento no serviço nacional de saúde e ao comportamento do médico.