"Donald Trump está a promover a ideia de que os estados governads por democratas estão descontrolados no crime. Os números garantem que não é o caso", diz Germano Almeida
O especialista em geopolítica apresentou um cartoon onde se vê Donald Trump a gritar ordens a três soldados, dizendo “Persigam ‘gangs’ violentos e criminosos” (“Go after violent gangs and criminals!”), ao que os soldados respondem “Parece os desordeiros de 6 de janeiro de 2021” (“Sounds like the january 6, 2021, rioters to me”).
O especialista em geopolítica Germano Almeida esteve no programa Guerra e Paz no NOW, na noite desta terça-feira e falou sobre a ameaça do Presidente americano, Donald Trump, que diz que vai enviar a Guarda Nacional para a cidade de Chicago.
Germano Almeida apresentou um cartoon onde se vê Donald Trump a gritar ordens a três soldados, dizendo “Persigam ‘gangs’ violentos e criminosos” (“Go after violent gangs and criminals!”), ao que os soldados respondem “Parece os desordeiros de 6 de janeiro de 2021” (“Sounds like the january 6, 2021, rioters to me”).
O cartoon diz respeito ao facto de o Presidente americano ter ameaçado enviar a Guarda Nacional para a cidade de Chicago, no estado de Illinois. Donald Trump também já tinha tomado medidas semelhantes noutros estados, como foi o caso da Califórnia.
“Donald Trump [...] está a promover a ideia de que os estados e as cidades governadas por democratas estão descontrolados no crime e precisam de uma intervenção federal. Os governadores democratas de Califórnia e de Illinois e os ‘mayores’ de Chicago garantem que não é o caso. Os números garantem que não é o caso”, explicou o especialista.
No cartoon, os soldados comparam os “criminosos” que Trump quer perseguir aos apoiantes do atual Presidente que invadiram o Capitólio dos Estados Unidos a 6 de janeiro de 2021, como protesto contra os resultados das eleições presidenciais que tinham dado vitória ao oponente de Trump, Joe Biden.
“Isto é particularmente grave porque era suposto que o Presidente dos Estados Unidos tivesse uma intervenção pedagógica e protetora e não uma intervenção quase incendiária", afirmou Germano Almeida.
O especialista concluiu que o tema “só pode ser verdadeiramente endereçado com uma base racional e com dados real, não mentido às pessoas”.