Informação Privilegiada
No NOW, o antigo ministro defendeu que "era bom que o Ministério Público comunicasse diretamente" sobre estes casos. "Acabamos todos por interpretar informação intermediada por fontes que nós não sabemos se, na realidade, estão bem ou mal informadas", justificou.
O antigo ministro do Ambiente Duarte Cordeiro esteve no programa Informação Privilegiada na noite desta terça-feira e comentou sobre as novas buscas feitas à TAP, no âmbito de um inquérito à indemnização paga a uma ex-administradora da companhia aérea.
"Não há nada, nem no comunicado do Ministério Público nem através do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), que nos permite especular e fazer implicações sobre o caso", começou por dizer Duarte Cordeiro.
O antigo ministrou continuou por mencionar que, no que diz respeito às informações dos membros do Governo dentro do caso, "foi entregue tudo na Comissão Parlamentar de Inquérito".
"O Parlamento já tem essa informação há bastante tempo", disse, referindo-se ao pedido de acesso dos e-mails de Pedro Nuno Santos e ex-secretário de Estado Hugo Mendes.
Assim, Duarte Cordeiro reiterou que não há "muita informação" sobre as buscas que envolvem a ex-administradora Alexandra Reis, defendendo que "era bom que o Ministério Público comunicasse diretamente", através de um porta-voz, sobre estes casos.
"Acabamos todos por interpretar informação intermediada por fontes que nós não sabemos se, na realidade, estão bem ou mal informadas", justificou.
Recorde-se que A TAP foi alvo de buscas no âmbito de um inquérito à indemnização paga a uma ex-administradora da companhia aérea, segundo o Ministério Público.
As buscas abrangem ainda um escritório de advogados em Lisboa e "pesquisas em equipamentos informáticos da Secretaria-Geral do Governo", refere, numa nota, a Procuradoria da República da Comarca de Lisboa.
André Ventura, em reação, acusou esta terça-feira o Partido Socialista (PS) de ter condicionado as conclusões da comissão de inquérito da TAP.