Duarte Cordeiro defende que é preciso haver concordância na lei dos estrangeiros

Inês Simões Gonçalves | 30 de Setembro de 2025 às 23:04
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Informação Privilegiada

O antigo governante considera que existe uma “perceção generalizada da população portuguesa de que é preciso um regime mais exigente no que diz respeito à entrada e permanência de estrangeiros” no país.

O antigo ministro do Ambiente Duarte Cordeiro esteve no programa Informação Privilegiada no NOW na noite desta terça-feira e falou sobre a aprovação da lei dos estrangeiros pelo parlamento. O PS, o Livre, o PCP, o BE e o PAN votaram contra a aprovação. 

O ex-ministro do Ambiente começou por dizer que uma das justificações do Partido Socialista para votar contra terá sido a “não aceitação da parte do Governo” das propostas socialistas de alteração à lei, exceto uma. 

“Na prática, o Governo ter fechado a possibilidade de terem sido feitas melhorias àquilo que era a proposta do Governo, com as alterações do Partido Socialista terá sido a razão justificativa para o voto contra”, afirmou. 

Duarte Cordeiro explicou que o PS entendeu que o Governo tinha resolvido alguns assuntos de inconstitucionalidade, “o que, de alguma maneira, tornava esta versão da lei menos corrosiva do que a anterior”. 

O antigo governante considera que existe uma “perceção generalizada da população portuguesa de que é preciso um regime mais exigente no que diz respeito à entrada e permanência de estrangeiros” no país. Para Duarte Cordeiro, é preciso haver “concordância relativamente à proposta e que o debate é feito de alternativas”. 

“Neste caso, o Partido [Socialista] cumpre a posição de ser a oposição, não se revendo naquilo que é a proposta que o Governo introduz”, concluiu.